Rafael Orsini
2 min readOct 7, 2021

Se a sorte lhe sorriu, Galo; por que não sorrir de volta?

A sorte nunca andou ao lado do Galo, é bem verdade. Por quantas vezes a trave nos tirava o grito de gol? Por quantas vezes a bola parecia perseguir o pé do atacante adversário e não o nosso? Por quantas vezes olhamos para os céus nos perguntando do porquê de tamanha maldição?

O Galo, diferente dos normais, gosta de ser o azarão. É aquele que trabalha em cima de possibilidades remotas. Ora, pra quê ter mais de 50% de chance se podemos ter 1%? O Atlético é o camelo que tenta passar pelo buraco da agulha; a agulha perdida no palheiro; o brinco perdido no meio da multidão.

Não foi uma escolha se tornar esse amante do impossível. Fomos forjados assim. Diante de tantas injustiças – sejam elas feitas pelos homens ou por outro ser além deste mundo -, nos restava torcer contra o vento. E este vento nos castigou, como bem descreveu Drummond. Ainda assim, lá estávamos nós, torcendo contra ele.

Mas até mesmo o vento cansou, levantou bandeira branca e pareceu soprar em nosso favor. Vai dizer que aquele escorregão do Ferreyra não teve influência nos “sopros” do além?

Pois bem, cá estamos nós mais uma vez. Em um dia que o empate contra a última colocada do campeonato parecia pôr em xeque um possível título, a sorte – tão contra nós – resolveu sorrir. Os adversários, sedentos para cheirar nosso cangote, também tiveram seus tropeços e nos deixaram com uma distância confortável (são 11 pontos, que podem no máximo diminuir a 5 com os jogos atrasados).

É, Galo. O vento já soprou ao nosso favor. A camisa já está firme no varal. A sorte, finalmente, decidiu lhe sorrir. E a Massa te pergunta: por que não sorrir de volta?

Faltam 15 rodadas. Vamos, Galo! Ganhar o Brasileiro!

Rafael Orsini
Rafael Orsini

Written by Rafael Orsini

Escrevia sobre o Galo de 2011 a 2017. Hoje falo majoritariamente no Bluesky (rafaelorsini.com) e às vezes por aqui. Não se contente com padrões.

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